Como o controle de umidade impacta o setor alimentício: exigências e boas práticas
No setor alimentício, o controle de umidade é mais do que uma medida de conservação, é uma exigência crítica para garantir segurança sanitária, evitar perdas e atender às normas regulatórias. De padarias a indústrias, passando por frigoríficos, armazéns e distribuidoras, manter os níveis corretos de umidade é essencial para preservar alimentos, ambientes e equipamentos.
O que a umidade pode causar em alimentos e instalações
Ambientes com umidade elevada favorecem a proliferação de fungos, bactérias e bolores, além de comprometer texturas, sabor e prazo de validade de diversos produtos. Já a umidade muito baixa pode ressecar alimentos que dependem de equilíbrio hídrico, como frutas secas, queijos ou embutidos.
Problemas comuns decorrentes do descontrole de umidade incluem:
- Mofo em embalagens e prateleiras;
- Contaminação cruzada em estoques mal ventilados;
- Perda de qualidade sensorial (cor, sabor e odor);
- Danos a rótulos, caixas e etiquetas;
- Corrosão de máquinas e estruturas metálicas.
Esses danos comprometem o produto final, colocam a saúde do consumidor em risco e geram desperdícios que afetam diretamente a rentabilidade do negócio.
Exigências legais e normas aplicáveis ao setor
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o MAPA (Ministério da Agricultura) são os principais órgãos que fiscalizam o controle ambiental no setor de alimentos. Algumas diretrizes relevantes são:
- RDC nº 275/2002 – estabelece critérios para boas práticas de fabricação;
- Portaria nº 368/1997 do MAPA – trata das condições higiênico-sanitárias em estabelecimentos industriais;
- Instruções normativas específicas – para carnes, leite, panificação, bebidas, entre outros.
Essas normas exigem que os ambientes sejam mantidos livres de contaminantes e em condições de temperatura e umidade controladas, com registros disponíveis para auditorias e inspeções.
Ambientes que exigem maior atenção
O controle de umidade é importante em toda a cadeia produtiva, mas alguns ambientes merecem atenção redobrada:
- Câmaras frias e refrigeradas: condensação pode causar acúmulo de gelo e umidade elevada;
- Áreas de manipulação: precisam de ambiente seco e higienizado para evitar contaminação dos alimentos;
- Depósitos e almoxarifados: estoque de embalagens e ingredientes deve permanecer livre de umidade;
- Expedição e transporte: variações climáticas durante o transporte afetam a integridade dos produtos.
Nesses espaços, o uso de desumidificadores ou sistemas de climatização com controle integrado de umidade é altamente recomendado.
Boas práticas para manter o controle da umidade
Além do uso de equipamentos específicos, adotar uma rotina de monitoramento e manutenção é essencial. Entre as principais boas práticas estão:
- Instalação de desumidificadores industriais em áreas críticas;
- Higienização regular de superfícies e dutos de ventilação;
- Calibração periódica de sensores e termohigrômetros;
- Isolamento térmico adequado em câmaras e corredores refrigerados;
- Treinamento de equipe sobre riscos e manuseio adequado de produtos em ambientes controlados.
Empresas que adotam essas práticas garantem não só a conformidade legal, mas também a confiança do consumidor e a integridade da sua marca.