Ar seco ou úmido demais? Como manter o equilíbrio em escritórios e coworkings
Ambientes de trabalho modernos, como escritórios fechados e coworkings, têm se tornado espaços de alta circulação, permanência prolongada e grande volume de equipamentos eletrônicos. Nesse contexto, a qualidade do ar tem impacto direto no bem-estar dos usuários, e um dos fatores mais críticos é o nível de umidade.
Tanto o excesso quanto a falta de umidade relativa do ar trazem problemas que comprometem o conforto, a saúde e até a produtividade das equipes. Felizmente, existem formas práticas e acessíveis de monitorar e ajustar esse parâmetro tão importante.
O que é umidade relativa e por que ela importa
A umidade relativa do ar representa a quantidade de vapor de água presente no ar em relação à capacidade máxima que ele pode reter naquela temperatura. Em ambientes internos, o nível ideal deve variar entre 40% e 60%, segundo especialistas em conforto ambiental e saúde ocupacional.
Fora desse intervalo, surgem diversos desconfortos e riscos, como:
- Ar seco (< 40%): ressecamento das vias respiratórias, olhos irritados, fadiga vocal e aumento da eletricidade estática;
- Ar úmido (> 60%): sensação de abafamento, proliferação de mofo e fungos, alergias respiratórias e desgaste de móveis e equipamentos.
Manter esse equilíbrio é essencial para garantir ambientes agradáveis, saudáveis e produtivos.
Como a umidade afeta quem trabalha no local
Nos escritórios tradicionais e nos coworkings, onde profissionais passam várias horas por dia, o impacto do ar desequilibrado pode ser sentido rapidamente:
- Maior número de faltas por sintomas respiratórios;
- Dificuldade de concentração e fadiga precoce;
- Maior desgaste de equipamentos, como computadores e monitores;
- Ambiente desconfortável, mesmo com climatização ativa.
Coworkings, por receberem diferentes perfis de usuários e equipamentos diversos, estão especialmente sujeitos a variações de umidade e temperatura, exigindo controle mais apurado.
Ambientes mais críticos dentro do espaço
Alguns pontos dentro de escritórios e coworkings precisam de atenção extra:
- Salas de reunião com pouca ventilação;
- Salas fechadas para videochamadas ou podcasts, onde o ar tende a esquentar rapidamente;
- Áreas de copa e banheiros, que concentram mais umidade naturalmente;
- Espaços com janelas vedadas ou expostos ao sol, que sofrem com alterações térmicas bruscas.
Identificar esses pontos críticos ajuda a direcionar as ações corretivas e evitar sobrecarga em sistemas de climatização.
Estratégias para manter o equilíbrio da umidade
Manter a umidade dentro dos parâmetros ideais exige um conjunto de boas práticas e soluções tecnológicas. Entre as mais recomendadas estão:
- Monitoramento constante com higrômetros digitais ou estações ambientais inteligentes;
- Uso de desumidificadores em salas mais fechadas, principalmente nos períodos chuvosos ou em regiões litorâneas;
- Uso de umidificadores durante o inverno ou em locais com ar-condicionado constante;
- Manutenção frequente dos sistemas de climatização, com limpeza de filtros e dutos;
- Posicionamento estratégico de plantas naturais, que ajudam a equilibrar a umidade e melhorar a qualidade do ar.
É importante que essas medidas sejam acompanhadas de orientações simples para os usuários, como não bloquear saídas de ar e manter janelas abertas sempre que possível.